Especialistas debateram, em evento realizado na FIRJAN, uma proposta de modelo de negócios baseado em soluções que tratem produtos como serviços e extraiam valor da cooperação entre indivíduos e instituições. O tema é novo para a indústria, mas a chamada economia da funcionalidade e da cooperação pode ser o futuro dos negócios no mundo.
Especialistas destacaram que a economia da funcionalidade e da cooperação pode ser o futuro dos negócios no mundo | Foto: Vinícius Magalhães |
Realizado em parceria com o Programa de Engenharia de Produção do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) e o Sebrae-RJ, o seminário Cooperação, Sustentabilidade e a nova Economia atraiu empresários e pesquisadores. Na ocasião, foram apresentadas teoria e prática de empresas que já atuam nessa linha de negócios.
“O objetivo foi trazer esse conceito para o estado do Rio e identificar oportunidades de as empresas se apropriarem desse modelo, que tem potencial de retorno principalmente para micro e pequenas empresas, mas também para as companhias de grande porte”, explicou Carolina Zoccoli, especialista em Meio Ambiente da FIRJAN.
Jorge Peron, gerente de Sustentabilidade da FIRJAN, explicou que o modelo tem potencial de retorno principalmente para micro e pequenas empresas, mas também para as companhias de grande porte | Foto: Vinícius Magalhães |
Segundo o francês Christian du Tertre, presidente do Instituto Europeu da Economia da Funcionalidade e da Cooperação, esse modelo vai além da economia circular, cujo foco está no reaproveitamento de resíduos e matérias-primas. “É uma mudança de modelo de desenvolvimento, de modos de produção e de consumo, pelo caminho do compartilhamento ou descoberta de novos usos para os bens”, afirmou ele, para quem o avanço da tecnologia não será suficiente para atender os desafios do futuro.
Marc Auip Diaz, gerente de Programas Estratégicos do Sebrae, acredita que as pequenas empresas estejam muito mais sensíveis à proposta, que passa pela integração dos setores econômicos. “Esse seminário é a cara do Rio, a chance de impulsionar uma virada na economia fluminense, um estado que já trabalha com pequenas ações de alto valor”, disse.
O evento foi realizado em 18 de abril, na sede | Foto: Vinícius Magalhães |
Fonte: Sistema FIRJAN