O Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, assinou hoje (30/07), na Firjan, autorização para a implantação da UTE GNA II Geração de Energia, localizada no Porto do Açu, município de São João da Barra, norte fluminense. O projeto da usina termelétrica significa, para o estado, um investimento total estimado em R$ 4,1 bilhões e a geração de 9 mil empregos, diretos e indiretos, durante a fase de implantação. A assinatura foi na abertura da reunião do Conselho Empresarial de Energia Elétrica da Firjan, na presença do presidente da federação, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
A capacidade instalada será de 1.673 MW, por meio de quatro unidades geradoras a gás natural, quantidade suficiente para abastecer o equivalente a 7 milhões de domicílios. O empreendimento engloba ainda uma linha de transmissão de 150 quilômetros de extensão até a subestação Rio Novo do Sul, no Espírito Santo, onde a energia será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Para a Firjan, o projeto contribui com a segurança energética, além de estimular o mercado de gás no estado do Rio. “O Açu será um gigantesco hub não só de energia, mas também de logística, um ativo fundamental para o Brasil”, afirmou Eduardo Eugenio.
Melhorar a oferta e a qualidade da energia é um dos pleitos do Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016/2025, elaborado pela Firjan e que tem como objetivo mostrar a visão da indústria sobre os principais problemas do estado. As ações propostas no documento visam tornar o fornecimento de energia para as áreas industriais do RJ mais eficiente, com menores custos. A implantação da nova termelétrica vem contribuir para este cenário. O Mapa do Desenvolvimento 2016-2025 foi construído por mais de mil empresários e envolveu os 92 municípios do estado do Rio.
União de esforços
O ministro Moreira Franco ressaltou a importância da usina como parte do esforço feito pelo governo federal e também pela Firjan, para tirar o Rio da crise. “O enfrentamento desse problema se dá por meio de concessão, para trazer o investimento privado para o estado poder se recuperar do ponto de vista fiscal”, disse.
Previsto para entrar em operação em 2023, com outorga válida por 35 anos, o empreendimento faz parte do Açu Gas Hub, projeto em desenvolvimento no Complexo Portuário do Açu. O objetivo é oferecer uma solução logística para o recebimento, processamento, consumo e transporte de gás natural produzido nas Bacias de Campos e Santos, assim como importação e armazenagem de Gás Natural Liquefeito (GNL) importado.
José Magela, presidente da Prumo Logística, responsável pela usina em sociedade com a BP e a Siemens, comparou a relevância do Complexo do Açu ao Porto de Antuérpia, na Bélgica. “O desenvolvimento do Açu transcende a nossa época; ficará para as futuras gerações”, declarou ele.
Segundo Sergio Malta, presidente do Conselho Empresarial de Energia Elétrica da Firjan, a unidade é de extrema importância. “Essa usina garante a autossuficiência eletroenergética do Rio de Janeiro e consolida o Porto do Açu como um polo industrial de grande importância para o estado e para o Brasil. Ademais, por se integrar ao SIN, ela vai garantir também a estabilidade da rede básica do sistema elétrico da área Rio”, explicou ele.
A usina é o maior empreendimento dos 80 projetos contratados pela União nos Leilões A-4 e A-6 de 2017. Além dessa iniciativa, o Rio recebeu também o segundo maior projeto, a Usina Vale Azul, que será implantada em Macaé, com 466 MW de capacidade instalada. Os dois empreendimentos em solo fluminense somam 2.139 MW, quase a metade do total da potência das usinas outorgadas nos leilões.
Fonte: Firjan